Financiar um imóvel é a maneira mais comum entre os brasileiros para realizar o sonho da casa própria. Mas, antes de se comprometer com um investimento tão longo, é necessário avaliar cada detalhe do financiamento residencial – a sua situação financeira, o momento do mercado e tantos outros fatores!
Separamos aqui as principais dicas que você precisa conferir para entender como funciona todo o processo. Leia o texto para não cometer erros pelo caminho até a casa própria.
- O que é financiamento residencial?
O financiamento residencial é um empréstimo que você faz com o banco quando quer comprar um imóvel. O banco paga o valor do imóvel à vista ao proprietário, e você paga o empréstimo ao banco. Esse pagamento geralmente se dá através de uma entrada (valor à vista), e o restante em parcelas, com juros.
- Quais são os requisitos para fazer um financiamento residencial?
Existem critérios diferentes para cada banco e cada tipo de financiamento. Mas há três requisitos básicos sem os quais é impossível fazer um financiamento residencial:
- Maioridade civil (ser maior de 18 anos).
- Ter meios de comprovar renda.
- Não ter cadastro em órgãos de restrição ao crédito.
- Como funciona o processo de financiamento residencial?
Atenda os pré-requisitos
Sem atender os atributos exigidos, a sua solicitação de financiamento do imóvel será rejeitada pela instituição financeira.
Faça a simulação do financiamento
Existem vários bancos oferecendo muitos pacotes de financiamento residencial. Isso significa dezenas de condições de pagamento e taxas de juros diferentes para você escolher. Então a simulação é parte importante do processo: ela vai mostrar as opções de financiamento que se encaixam no seu perfil e nas suas necessidades.
Atualmente, é possível fazer a simulação através do próprio site da instituição. Alguns bancos, como a Caixa Econômica, ainda possuem pontos de correspondência bancária que fazem a simulação para você, sem custos.
Compareça ao banco
Após a simulação, é importante ir ao banco ou a um correspondente bancário para conversar com o gerente ou correspondente. Ele analisará se existem outras opções de financiamento residencial que se enquadram melhor em seu perfil e em sua necessidade.
Faça o cadastramento
O próximo passo é levar seus documentos até o banco ou correspondente bancário e realizar seu cadastro. Geralmente, os documentos exigidos são:
- RG;
- CPF;
- comprovante de estado civil;
- comprovante de endereço;
- comprovante de renda.
Se for casado ou viver em união estável, o banco exigirá os documentos do seu cônjuge ou parceiro.
Passe pela análise de crédito
Depois de realizado o cadastro na instituição bancária, suas informações passarão pela análise de crédito. Nessa análise, o banco confirma suas informações e verifica se seu nome está cadastrado na lista de restrição ao crédito. Além disso, certifica-se de que sua renda é suficiente para quitar a dívida do financiamento.
Para que o banco não tenha prejuízo, é importante se assegurar de que você terá como pagar o financiamento. Por isso, cada aspecto do seu cadastro é levado em consideração antes da pré-aprovação do financiamento residencial. Por via de regra, o valor concedido não pode comprometer mais do que 30% da sua renda em suas parcelas.
Aguarde a avaliação do imóvel
Nessa fase, você deverá informar ao banco qual imóvel deseja financiar e o valor dele. O imóvel passará, então, por uma avaliação feita pelo próprio banco para confirmar esse valor. O banco também analisará os documentos do vendedor para certificar-se de que o imóvel não possui pendência judicial ou legal.
Assine o contrato
Depois da confirmação do valor e dos detalhes do imóvel, o banco entrega o contrato para ser assinado por você e pelo vendedor. Esse contrato deve ser registrado num Cartório de Registro de Imóveis, que legalmente reconhece você como proprietário do imóvel.
Pague as parcelas
A partir desse momento, você deverá cumprir o financiamento residencial nas formas e condições estabelecidas no contrato. Se tiver interesse poderá quitar o financiamento antes do prazo estipulado pelo banco. Basta entrar em contato com o banco e negociar a quitação.
Registre o termo de quitação
Por fim, após você cumprir o contrato de financiamento residencial, a instituição financeira emite o termo de quitação de imóvel. Esse documento é a prova legal de que você concluiu o contrato. Assim, não recai sobre o seu imóvel qualquer pendência financeira com o banco.
Será realizado, nessa fase, o registro do termo de quitação de imóvel no Cartório de Registro de Imóveis. Depois disso, você poderá solicitar a averbação da quitação na matrícula do imóvel, o que possibilita a transação do bem para terceiros.
- Conheça as opções para financiar um imóvel
Atualmente, há três modalidades que possibilitam o financiamento de imóveis: 1) o Minha Casa, Minha Vida; 2) o Sistema Financeiro de Habitação; e 3) o Sistema Financeiro Imobiliário.
Programa Minha Casa, Minha Vida
Essa modalidade é indicada para famílias com limitações de renda. A grande vantagem do programa é sem dúvida o preço baixo das parcelas. Subsidiadas pelo governo, muitas vezes podem ser mais baratas que o aluguel. Confira os requisitos para ingressar no programa.
- Não ter participado de nenhum programa de financiamento do Governo Federal.
- Ser maior de 18 anos.
- Ter três anos de carteira assinada.
- Morar ou trabalhar por pelo menos um ano no município do imóvel.
- Não possuir outro imóvel.
- Ter o nome limpo.
Os juros do financiamento residencial oferecidos pelo Minha Casa Minha Vida variam de 5% a 9,16% ao ano. São mais abrangentes e beneficiam as famílias com renda mensal de até R$ 9 mil.
Sistema Financeiro de Habitação
O SFH é o sistema adotado em uma grande parcela dos financiamentos de imóveis no Brasil. Sua vantagem é a possibilidade de usar o FGTS para quitar um imóvel.
O preço do imóvel não pode ultrapassar o valor de R$ 1,5 milhão. Quanto ao prazo para quitar a dívida, é de 420 meses. Entretanto, essas condições variam de estado para estado. Então, pesquise bastante para saber o valor correto que incidirá sobre o seu financiamento.
Sistema Financeiro Imobiliário
Essa modalidade é procurada por pessoas que desejam comprar imóveis mais caros, em melhores localizações. Geralmente, esses compradores estão dispostos a financiá-los por um tempo menor que o do SFH.
Não há valor fixo para o imóvel. Além disso, quanto menor o prazo, maiores serão as parcelas. Por isso, é importante considerar o custo efetivo total antes de optar por esse sistema.
- Fatores que podem prejudicar o financiamento residencial
Atenção e cuidado são itens necessários para garantir o sucesso da compra de um imóvel. Considere sua situação financeira, o relacionamento com o banco e até mesmo a forma como lida com as dívidas. Esses são fatores que as instituições avaliam para decidir se você é um bom pagador ou não.
Entre os problemas mais comuns, está o envio atrasado ou desatualizado da documentação. Num investimento assim, é natural que o banco exija diversos documentos para comprovar o grau de confiabilidade do cliente.
Entretanto, existem consultorias e agências dentro de algumas imobiliárias que simplificam esses serviços. Elas concentram toda a parte burocrática para você poder focar outros aspectos da compra de um imóvel.
- Como é definida a taxa de juros do financiamento?
Os financiamentos diferem de acordo com o valor do imóvel e a renda do comprador. Essas informações são balizadoras para definir qual taxa de juros será aplicada em cada contrato. Alguns imóveis novos podem ser enquadrados no programa “Minha Casa, Minha Vida”, desde que respeitem as exigências estipuladas pela lei.
- Em que casos é possível usar o FGTS?
O FGTS pode ser usado para:
- adquirir um imóvel próprio;
- pagar prestações;
- amortizar ou liquidar o saldo devedor de um financiamento residencial em andamento.
- O que acontece se o cliente deixar de pagar as prestações?
Tanto a construtora como a instituição bancária podem exigir o imóvel de volta por falta de pagamento, até mesmo extrajudicialmente. Bastam três parcelas atrasadas para abrir essa possibilidade. Portanto, o cliente deve sempre manter um fundo de reserva para assegurar o direito ao imóvel e evitar riscos.
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